A Lógica Preciosa de Romanos 8:32
Romanos 8:32 é outro texto importante sobre o assunto do desígnio e da extensão da expiação. Em toda a Bíblia, esta é uma das promessas mais preciosas de Deus para o seu povo. Paulo disse: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”
A pergunta não respondida pressupõe a nossa capacidade de lhe responder e de a tornar um promessa inabalável: “Visto que Deus não poupou o seu próprio Filho, mas, antes, o entregou por nós, ele nos dará, muito certamente, todas as coisas com ele”. Neste versículo, a quem se refere o nós? São as pessoas referidas nos versículos 29:31:
“Aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
A razão pela qual Paulo pode fazer-nos a promessa impressionante que nos faz no versículo 32 _ é que as pessoas referidas são as conhecidas de antemão, as predestinadas, as chamadas, as justificadas. Estas são as “ovelhas”, os “filhos de Deus dispersos”. E, para essas pessoas, Paulo diz: a morte de Cristo é garantia absoluta de que receberão com Ele todas as coisas. Esta é a lógica maravilhosa de Romanos 8:32.
No entanto, o que é que acontece com esta lógica, se Deus entregou o Seu Filho desta maneira em favor de milhares de pessoas que não recebem todas estas coisas, mas, de facto, perecem? A lógica é destruída. Ela fica assim: “Se Deus não poupou seu próprio Filho, antes, o entregou por todas as pessoas do mundo, então, visto que muitas delas se perdem, muito certamente, não é verdade que elas receberão todas as coisas com Ele”. Mas… Não é esse o argumento do versículo.
O versículo diz: porque Deus entregou o Filho pelo seu povo, esse povo _ conhecido de antemão e predestinado desde a fundação do mundo _ receberá todas as coisas que Deus tem para lhe dar. Portanto, o desígnio de Deus em entregar o seu Filho não é uma oferta geral por todo o mundo, e sim uma aquisição inalterável de riquezas infinitas para o seu povo. O meu grande desejo, é que o povo de Deus veja isto e se aprofunde na graça desta redenção particular. Na expiação, somos amados de maneira específica e não geral. O nosso futuro está garantido, de modo particular, pelo sangue de Cristo.
Em resumo, o ensino bíblico da expiação limitada é que a morte de Cristo tinha um desígnio específico para os seus eleitos. Cristo estava a comprar, não uma possibilidade de eles crerem e serem salvos, antes, estava a comprar o próprio crer. A conversão dos eleitos de Deus é comprada com sangue. A vitória sobre a nossa morte e rebelião contra Deus é comprada com sangue. A vitória sobre a nossa morte e rebelião contra Deus. Decididamente, não é realizada por nós, de modo a qualificar-nos para a expiação. A graça soberana de Deus vence a nossa morte e rebelião. E essa graça foi comprada para nós na morte de Cristo.
Se quisermos aprofundar-nos na nossa experiência da graça de Deus, isto é um oceano de amor para desfrutarmos. Deus não quer que a noiva do seu Filho se sinta amada com um amor geral, que envolve todo o mundo. Deus quer que a noiva do seu Filho se sinta encantada com a especificidade do seu amor, o qual Ele derramou sobre ela antes de o mundo existir. Deus quer que nos sintamos um povo focado: «Eu escolhi-vos. E enviei o meu Filho para morrer a fim de vos ter».
É isto que temos para oferecer ao mundo. Não o podemos guardar para nós mesmos. E não o abandonamos ao dizer: tudo o que temos para oferecer ao mundo é o amor geral de Deus por todas as pessoas. Não, nós oferecemos Cristo. Não dizemos: «venham a uma possibilidade para uma possibilidade». Dizemos: «venham a Cristo». Recebam Cristo. E, o que lhes prometemos, se vierem, é que serão unidos a Ele e à sua noiva. E, tudo o que Cristo comprou para a sua noiva será deles. Tudo o que Cristo adquiriu, com certeza absoluta, será a porção deles para sempre. A sua fé provará que estão entre os eleitos. E o virem a Cristo, provará que são os beneficiários específicos da sua redenção particular, da sua expiação definida.
Para solidificar este aprofundamento da nossa experiência da graça de Deus, voltamos-nos agora para a doutrina da eleição. Porque, foi em favor dos eleitos que Cristo morreu com este desígnio imensurável de amor eterno.
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